
De pai para filha: o amor pela medicina
18 de outubro de 2022
Escolher a mesma profissão que o pai, exercer a mesma especialidade que ele e trabalhar junto de quem a mostrou o primeiro estetoscópio – instrumento de saúde que ajuda o médico a ouvir os batimentos do coração do paciente. Essa foi a escolha de Luciana Volpon Soares Souza, médica radiologista no Ultra-X Medicina Diagnóstica.
Mas se engana quem pensa que Luciana decidiu cursar medicina por conselho do pai. Foi a paixão pelas ciências biológicas e de entender os porquês da ciência que as levaram a cursar medicina. “Meu pai sempre me disse para escolher o que realmente aquecia meu coração. Quando eu realmente comecei a entender mais da profissão, não pensei duas vezes e escolhi a medicina”.
Ao contrário dela, o irmão optou pelas artes plásticas e seguiu carreira como arquiteto. “Minha felicidade é ver meus filhos fazendo o que realmente gostam. Isso não tem preço”, diz Arthur Soares Souza Junior, professor e médico radiologista. “Sempre digo que ser médico é vocação. Tudo que a gente faz tem que ser feito em prol do paciente”, completou.
A história de doutor Arthur com a medicina começou na infância. Foi a partir do contato com o hospital, por conta de uma doença, que ainda criança ele decidiu pela profissão. “Desde pequeno tive vontade de ser médico. Enquanto para muitas pessoas o hospital não é bem-visto, como convivi muito na infância, o hospital sempre foi um lugar natural para mim”.
As poucas faculdades de medicina no Brasil, na segunda metade do século 20, e o alto custo não o desanimaram de realizar o sonho. “Tinha uma obstinação curiosa ainda adolescente, que era de querer publicar artigo. E consegui fazer isso durante minha graduação em medicina, depois não parei mais. Hoje, tenho mais de duzentos artigos publicados com muito amor e prazer”, conta, sorridente.
Felicidade no trabalho que influenciou a filha a seguir a profissão. Apaixonada por ciências biológicas na adolescência, Luciana tinha dúvidas do que iria chamar de sua profissão. “Como meu pai publicava muitos artigos científicos e gostava de entender mais sobre a área, optei pela medicina”.
E ela foi além e se especializou na mesma área que o pai. “Sou muito feliz de poder aprender com ele. Nós não apenas trabalhamos no mesmo lugar, como também vamos para congressos juntos. Digo que ele é meu eterno professor”.
Para Arthur, a medicina não está no sangue, mas na paixão por ajudar as pessoas. “Meu pai sempre foi muito enfático: no que fizer, seja competente e faça por amor e nunca perca a humildade. É uma dica muito sábia dele que procurei repassar para os meus filhos. Mesmo ausente da família como médico, eles sempre souberam que estava feliz”.
Clique aqui e confira na íntegra a primeira reportagem da série sobre os médicos no site do Diário da Região.